sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

A cultura histórica do Carnaval.


Inicio duas matérias sobre o carnaval, aproveitando o período da folia de momo que se aproxima. A primeira matéria busca mostrar um pouco do aspecto histórico e cultural que permeia essa festividade. Já a segunda mostrará como o carnaval é uma festa violenta, aliás, figurando nas estatísticas como a festividade em que morre mais gente.
A despeito da sua origem polêmica e obscura (greco-romana ou portuguesa), o carnaval se constitui na festividade de maior apelo popular no Brasil. Tão longa que chega a durar uma semana por nossas bandas ao contrário da maioria dos países que destinam menos importância a tal festa. A verdade é que o carnaval cuja etimologia latina deriva de carrum novalis, com a qual os romanos abriam seus festejos, ou na palavra carnelevale, do dialeto milanês, que significa "adeus à carne" - uma clara alusão ao início da quaresma cristã. Foi trazido pelos portugueses ao nosso país através de uma brincadeira de mal gosto chamada Entrudo (Entrada) que consistia, segundo enciclopédias conceituadas, em lançar sobre os brincantes baldes de água, esguichos de bisnagas e limões-de-cheiro (feitos ambos de cera), pó de cal (uma brutalidade, que poderia cegar as pessoas atingidas), vinagre, groselha ou vinho e até outros líquidos que estragavam roupas e sujavam ou tornavam mal-cheirosas as vítimas.
Segundo historiadores “Pelas ruas generalizava-se uma verdadeira luta em que as armas eram os ovos de gema, ou suas cascas contendo farinha ou gesso, cartuchos de pós de goma, cabaças de cera com água de cheiro, tremoços, tubos de vidro ou de cartão para soprar com violência, milho e feijão que se despejavam aos alqueires sobre as cabeças dos transeuntes. Havia ainda as luvas com areia destinadas a cair de chofre sobre os chapéus altos ou de coco dos passantes pouco previdentes e até se jogava entrudo com laranjas, tangerinas e mesmo com pastéis de nata ou outros bolos. Em vários bairros atiravam-se à rua, ou de janela para janela, púcaros e tachos de barro e alguidares já em desuso, como depois se fez também no último dia do ano, no intuito de acabar com tudo de velho que haja em casa. Também se usaram nos velhos entrudos portugueses a vassourada e as bordoadas com colheres de pau etc.."
De fato, tal brincadeira através dos tempos adquiriram transformações capazes de minimizar os efeitos negativos dos produtos nocivos, mas não diminuíram em nada o ímpeto das pessoas em festejarem. Embora, o número de pessoas que participem dessa comemoração seja bem menor que antigamente, a intensidade dessa festa Cristã e, não pagã, como acredita os desinformados, continua mantendo seu ímpeto na contemporaneidade.
Para saber mais:
http://web.educom.pt/paulaperna/carnaval.htm
http://www.miniweb.com.br/cidadania/dicas/carnaval.html
http://www.geocities.com/Area51/Atlantis/2970/link0032.htm
http://www.suapesquisa.com/carnaval/

Nenhum comentário: