terça-feira, 17 de maio de 2011

Cadê o piso?


Por Carlos Henrique Carvalho

Governa-dores, cadê o piso dos professores? Os professores querem o cumprimento o pagamento do valor do piso sobre o vencimento inicial de suas respectivas carreiras e a garantia de que os professores com habilitações acima do nível médio continuem recebendo salários diferenciados, ou seja, que as carreiras não sejam destruídas para poder pagar o piso.
Os salários dos professores são, em média, apenas 65% dos salários de outros profissionais de igual formação universitária, situação que desestimula as novas gerações a abraçarem o magistério como profissão.
Infelizmente, esta é a realidade: todos precisam ir a luta para garantir um direito sacramentado, mas que não é pago. Se as metas traçadas pelo PNE [Plano Nacional de Educação] forem cumpridas até a próxima década, o Brasil precisará contratar pelo menos 250 mil novos professores.
Caso as metas que dizem respeito aos professores também sejam cumpridas, ao final de dez anos todos os professores terão um curso superior e metade deles pelo menos uma especialização. Tudo isso significa mais necessidade de oferecer carreiras profissionais atrativas e estimulantes. Pois enquanto isto não acontecer teremos um país cada vez mais combalido e explorado.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Quando o preconceito impera 2


Em plena era do ímpeto virtual, muitas atitudes caminham na contramão da educação e do progresso. Há dois dias, outra estudante cometeu um gesto no mínimo infeliz e escreveu o seguinte: "esses nordestinos pardos, bugres, índios acham que tem moral, cambada de feios. Não é atoa que não gosto desse tipo de raça". Logo em seguida, diante da assombrosa repercussão do fato negativo, ela escreve algumas linhas demonstrando arrependimento: “meu deus gente, agi por impulso por causa do flamengo, não tenho nada contra nordestinos....desculpa ai galera.JAMAIS DEVERIA TER FEITO ISSO”.
O triste acontecimento trouxe à tona um dos primeiros casos explícitos de preconceito contra a região no Twitter, o da internauta Mayara Petruso. Em novembro do ano passado, frente à vitória de Dilma Rousseff nas eleições presenciais, a internauta postou: "Nordestino não é gente, faça um favor a Sp, mate um nordestino afogado". Na época, a ONG SaferNet encaminhou ao Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo uma notícia-crime com a relação de 1.037 perfis de usuários do Twitter que teriam postado mensagens contra nordestinos. A seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Pernambuco pediu que a autora das mensagens responda pelos crimes de racismo e de incitação pública ao crime de homicídio. O Nordeste voltou a ser alvo de críticas em fevereiro deste ano, depois de um apagão que atingiu quase todos os estados da região. Para combater esse tipo de discriminação e outros crimes que ferem os direitos humanos na internet, a Polícia Federal disponibiliza um site por onde internautas podem fazer denúncias. Para denunciar, basta acessar: http://denuncia.pf.gov.br/
Arrepender-se é fácil, mas nada justifica tal atitude que sem dúvida, merece uma rigorosa punição jurídica.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Bin Laden por Obama


Por Carlos Henrique Carvalho

Estava me preparando para dormir, quando as 23:40 no domingo último veio o temido e famigerado som do plantão da rede Globo com a chamada direto da Casa branca. Nela, o presidente dos EUA, Obama fez um pronunciamento dando conta da caçada e morte do "terrorista" Osama Bin Laden, considerado pelo ocidente, o mentor dos atentados do 11 de setembro de 2001. No pronunciamento, Obama afirmava que o corpo de Bin Laden foi encontrado em uma casa na cidade de Abbotabad no Paquistão, perto de uma academia militar. Isto é bem curioso, se levarmos em conta que falamos do terrorista mais procurado pelos EUA. Mais curioso ainda é que o presidente estadunindense não explicou ou deu respostas convincentes onde e como estava o corpo e, principalmente, o que foi feito dele.
Ao terminar o desfecho desta historinha "sem sentido" me veio na mente os atentados de 10 anos atrás e a sensação cada vez mais clara de que há muitas coisas/fatos sem explicações/respostas. Ou será que todos os acontecimentos, sobretudo, os trágicos, são assim mesmo?