quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Dois fatos históricos – Sérvia e Cuba



Durante essa semana dois fatos que podemos acreditar como sendo históricos ocorreram: primeiro, a independência de um lugarejo situado na região dos Balcãs, ao sudeste da Europa chamado Kosovo. Segundo, a saída de Fidel Castro do poder de Cuba por motivos de saúde.
Quanto à independência (ocorrida em 17 de fevereiro de 2008) de um lugar permeado por guerras e conflitos, isso certamente é natural, tendo em vista que a Península dos Balcãs sempre foi um palco recheado de genocídios e brigas infindáveis. Mas o fato é que uma região sem a menor estrutura geopolítica e social se declara independente do seu estado maior, a Sérvia, não nos assusta pelo fato de que todo dia uma revolta explode e põe em xeque a soberania do povo local, que a bem da verdade, muda de nacionalidade mais do que os políticos brasileiros mudam de partido.
Quem não se recorda da Iugoslávia, a nação desmembrada por inumeráveis brigas entre as etnias que habitam a região dos Balcãs? “As várias etnias que a compõem (sérvios, croatas, eslovenos, montenegrinos, albaneses e macedônicos), a partir do colapso do socialismo, retomaram as antigas guerras tribais que tanto infelicitaram a região, aquela esquina do mundo, onde, no passado, interesses conflitantes das grandes potência imperais (da Áustria, da Rússia, da Turquia otomana) se encontravam, acirrando o ódio das populações locais, umas contra as outra”. Daí que o Kosovo ( de maioria Albanesa) é mais uma das nações que surgem sem a promessa de pacificar a região, ao contrário, de acirrar ainda mais as exaltados ânimos dos povos locais.
O outro fato, também sumamente importante vem com a renuncia do ditador e líder cubano Fidel Castro em 19 de fevereiro de 2008. Após 49 anos no poder, iniciado em 1959 com a revolução na qual esteve à frente junto a Che Guevara e que derrubou o regime capitalista do ditador Fulgêncio Batista, Fidel, debilitado, mas consciente, renuncia ao cargo de presidente de Cuba e à chefia do Partido Comunista Cubano.
Lutando conta o regime capitalista dos EUA, Fidel fez história como a voz dissidente da América Latina e encerra um ciclo de governos marcados por regimes fechados e, muitas vezes, opressivos. Mas a pergunta que não quer calar é: será que o fim do Castrismo ( designação coloquial do ramo da teoria política para o sistema político e econômico socialista implementado em Cuba por Fidel Castro) significará melhoria de vida para a nação cubana?
Quem estiver interessado, “neste final de semana, em ocasião da renúncia histórica do presidente de Cuba, o Canal Futura exibe o documentário “Fidel Castro”, inédito na TV brasileira. O filme investiga os diferentes aspectos do governo ditatorial cubano e integra a programação especial do “Ano da democracia” no Canal Futura (em 2008, diversos programas do Futura vão debater o papel da democracia no mundo). O filme será exibido em dois episódios, com uma hora de duração cada um. A primeira parte do documentário vai ao ar no sábado, dia 23, às 19h30min. A segunda metade do especial será exibida no domingo, dia 24, no mesmo horário”.


Para Saber mais:
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/atualidade/iugoslavia.htm
http://www.suapesquisa.com/biografias/fidel_castro.htm
http://www.correiodoestado.com.br/?conteudo=noticia_detalhe&idNoticia=1259

Por Carlos Henrique Carvalho

Um comentário:

Jefferson Pires disse...

massa a reportagem... só estava por dentro mesmo do término do castrismo. e vlw pela dica sobre a reportagem.