segunda-feira, 29 de junho de 2009

Por que se faz o amor?



Por que o amor se faz? Ao retornar de mais uma viagem, eis que me reencontro em um dilema entre o tempo e a saudade, o desejo e a insanidade, afinidades e contrastes. Ora, mas de que estarei falando, afinal? Não sou o louco nem o são de uma história de amor escrita a custa de suor e lágrimas. Sofro e sorrio como qualquer um de vós. Mas viver? Ah!! Não sei quem vive entre a janela da saudade e a porteira de um tempo esquecido pela memória. Somente aquele que pulsa no peito faz crescer o desejo de te possuir sempre

É preciso gravar teu nome ao lado do meu para que todo o mundo sinta e perceba o quanto você é marca indômita da minha existência. Mas eu não preciso dizer mais do que venho sempre buscando em palavras e atos. Amor, em linhas e contornos das nossas vidas vamos construindo uma história nunca imaginada pelos poetas e se todos os instantes passam quando estou sem ti, o tempo deixa de ser crucial quando estamos nos amando.

Por que se faz o amor? Não sei. O amor é em sua auréa, indefinível, não se mede e nem se acanha. É como o encontro da lua e do sol, meu amor e eu; algo imensurável que se abocanha como faz um apaixonado faminto pela sua paixão, sedento em saciar um desejo guardado a sete chaves. Não amo porque sou louco, mas sou louco por te amar sempre. Conheço a dor que distância nos traz a cada instante que me afasto de você, mas antes de ir, nunca esqueço de deixar contigo meu coração.

Por Carlos Henrique Carvalho

sábado, 27 de junho de 2009

A morte de um ícone e o fim de uma geração


Michael Jackson. Impossivel passar batido quando se fala o nome deste mito. As noticias sobre sua morte em circunstância ainda inexplicável, se propagam como avalanche e fica complicado parar para ler e entender o significado deste fatídico fim, sem compreender primeiro, a importância dele para a cultura Pop musical, não a toa foi considerado o Rei do Pop. Quem nasceu nos anos 70 sabe muito bem da sua presença constante na cultura desta época e do incrível poder midiático que possuia.

"No início dos anos 1980, tornou-se uma figura dominante na música pop-rock e música popular e o primeiro cantor afro-americano a receber exibição constante na MTV. A popularidade de seus vídeos musicais transmitidos pela MTV, como "Beat It", "Billie Jean" e "Thriller" são creditados como a causa da transformação do vídeo musical em forma de promoção musical e também de ter tornado o então novo canal famoso. Vídeos como "Black or White" e "Scream" mantiveram a alta rotatividade dos vídeos de Jackson durante a década de 1990. Foi o criador de um estilo totalmente novo de dança, utilizando especialmente os pés. Com suas performances no palco e clipes, Jackson popularizou uma série de complexas técnicas de dança, como o Robot e o Moonwalk. Seu estilo diferente e único de cantar, bem como a sonoridade de suas músicas influenciaram uma série de artistas nos ramos do hip hop, dance e R&B".

As polêmicas criadas por toda a sua vida é perfeitamente natural em se tratando de uma figura pública extremamente densa e com muita produção audiovisual. Ironicamente, após anos inativo, pretendia retornar aos palcos em julho de 2009 numa série de 44 shows planejados para acontecer em Londres.

Vai-se jovem, tal como os grandes artistas que cedo iniciaram sua trajetória e cedo se foram: Hendrix, Bob Marley, Elvis, Jonh Lennon, Raul Seixas, Noel Rosa e tantos outros que a memória não deixa lembrar.

Como todos eles, foi-se o homem e ficará sempre o mito.

Onde posso saber mais?

http://www.michaeljackson.com/
http://www.michaeljacksonlive.com/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Michael_Jackson
http://www.youtube.com/watch?v=AtyJbIOZjS8 (clipe da música Triller)

Por Carlos Henrique Carvalho

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Luzes indômitas no Leblon


Nasce uma história de amor,
Que faz este coração pulsar,
A doçura do tempo a passar,
E a extinguir a chama de uma dor.

Vai o sol sobre as pedras do Rio,
No Leblon avisto a praia e o anoitecer,
Cai a lua sobre os meus olhos com carinho,
E junto a ti, faço o amor acontecer.

Intensamente, ainda que me rondes o pensamento,
Pois agora não está tão próxima, e no entanto,
Sinto tua presença irradiar todo o meu ser.

Sei que fui tolo por um instante,
Mas sempre deixei contigo meu amor, não minto,
Ao avistar as luzes do Leblon no meu coração.

Por Carlos Henrique Carvalho
Rio de Janeiro em 21-11-2005

segunda-feira, 22 de junho de 2009

O jornalista e suas dores


"Posso não concordar com o que dizes, mas defenderei até a morte o seu direito de dizer" (Voltaire)

Há quase uma semana, uma decisão (política) do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a obrigatoriedade do diploma / certificado de conclusão de uma faculdade de comunicação social para exercer a atividade de jornalista. Por 8 votos a 1 o STF decidiu que o Decreto-Lei 972 de 1969, que exigia tal condição, é incompatível com a Constituição de 1988, justamente porque esta garante a plena liberdade de expressão e comunicação. "O jornalismo e a liberdade de expressão são atividades que estão imbricadas por sua própria natureza e não podem ser pensados e tratados de forma separada. O jornalismo é a própria manifestação e difusão do pensamento e da informação." Através destas palavras, o ministro Gilmar Mendes (relator do processo), deixa claro a suspensão da exigência do diploma para o trabalho de jornalista.

Por outro lado, a suspensão atende as diversas pessoas que exercem a profissão de jornalista sem ter o diploma de curso superior e, sem dúvida, eles também não podem ser tolhidos no seu direito de atuar.

A polêmica novamente está lançada e os jornalistas foram para a porta do Supremo lançar seu protesto e questionar a decisão do STF, que precisa ser repensada com urgência, sem trazer prejuízos para ambos os casos envolvidos.

A propósito, você acha que para se ser jornalista é preciso ser formado em jornalismo?

Por Carlos Henrique Carvalho

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Minicurso de Fenomenologia


Durante esta semana estarei ministrando em conjunto com a prof. Eliana Paiva e o prof. Anselmo Leão, o minicurso "Introdução à fenomenologia de Husserl: a construção do método fenomenológico.
Nesta segunda foi desenvolvida uma abordagem histórica de modo a situar a fenomenologia dentro de um movimento histórico-cultural europeu, iniciado na segunda metade do século XIX e que perpassa sua constituição como ciência e método no século XX.

No dizer de Natason (1998, p. 8): “...aprende-se o que é fenomenologia passo a passo, através da leitura, discussão, e reflexão... O que é necessário é mais simples: aprender o que se deve através de atitudes naturais, tentar descrever as apresentações sem pré-julgar os resultados tomando por garantia a história, a causalidade, intersubjetividade , e valor que ordinariamente associamos com nossa experiência, e examinar com absoluto cuidado a estrutura do mundo da vida diária para que possamos entender sua origem e sua direção... Há um senso legítimo no qual é necessário dizer que se deve ser um fenomenologista para poder compreender a fenomenologia.”

De modo geral, afirma-se que a Fenomenologia nasceu como um movimento questionador no modo científico de pensar: a fundamentação crítica acerca da metafísica moderna e sua postura epistemológica que fundamenta o conhecimento, isto é, as teses defendidas por Descartes, Kant, Hegel e outros menos citados.

Neste sentido, há muito o que apreender acerca desse movimento iniciado por Husserl e seguido com maestria por Heidegger, Sartre e Merleau-Ponty. Durante a semana, pretendemos abordar conceitos fundamentais para compreensão deste método tais como: o fenômeno, a intencionalidade, a redução fenomenológica e transcendental, a contingência, o ego e a relação sujeito-mundo.

Por Carlos Henrique Carvalho

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Diplomas do Mercosul poderão ser validados automaticamente


Tramita em caráter conclusivo na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 4872/09, do deputado Eliene Lima (PP-MT), que estabelece a admissão automática dos diplomas - de graduação, especialização, mestrado e doutorado - dos países do bloco MERCOSUL para a contratação de professores e para concursos públicos.

Se vingar, será uma ótima notícia para todos os professores e futuros doutores, levando em consideração o sacrifício e desgaste que é fazer um curso superior e dar sequência aos estudos com especializações, mestrado e doutorado. Para se ter uma ídéia não se leva menos de 10 anos para passar por todo este processo, se levarmos em conta que uma graduação dura em média 4-5 anos, dependendo dos cursos e dos Tcc's, mestrado 2 a 2,5 anos e doutorado com mais 4 anos de investigação, pesquisa e fundamentação da tese.

O mais desgastante é se dedicar ao máximo a vida acadêmica, se permitir a errar, a aprender e descobrir que não pode concorrer a uma vaga em concurso público porque o diploma não é reconhecido pela Capes. Daí é possível vislumbrar que tal projeto pode vir a abrir as portas para muitos estudiosos dedicados que tem ficado de fora de processos seletivos por conta da não validação do diploma de cursos feitos no exterior. No mais, é aguardar para ver o projeto virar lei, entrar em ação e provocar as mudanças pertinentes ao processo educacional brasileiro.

Quer saber mais?

http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=136074

http://www.direito2.com.br/acam/2009/jun/12/diplomas-do-mercosul-poderao-ter-reconhecimento-automatico

http://www.opovo.com.br/politica/884825.html

Por Carlos Henrique Carvalho

domingo, 7 de junho de 2009

O que me resta se você se foi?


Esta rua agora vive vazia,
Após o tempo que aqui passou,
Distancio da dor que teceu o dia,
Mas a noite freneço sem a emoção do amor.

Quando destoa meu choro na saudade,
Perco as forças e num átimo grito teu nome,
Sofro as veias iradas da maldade,
Porque quanto mais procuro mais meu amor some.

Então, o que me resta se você se foi agora?,
O ímpeto da chuva enervante soa tão forte,
Quanto a saudade que insiste em ir embora,
Não há vida que resista a uma má sorte.

Diante desta rua em lágrimas inundadas,
Torno a gritar teu nome, desesperado,
E não importa as histórias malfadadas,
Desde que você volte e diga que sou teu amado.

Por Carlos Henrique Carvalho

terça-feira, 2 de junho de 2009

Luto


Em função do abalo causado pela tragédia do vôo 447 da Air France, que ceifou a vida de 58 brasileiros, 61 franceses, 26 alemães, nove chineses e outros de diversas nacionalidades, resolvi postar esta breve mensagem em sinal de luto.

Nenhuma palavra é capaz de expressar a dor e o sentimento de perda dos parentes e amigos. Não há conforto na morte, somente dor.

Por Carlos Henrique Carvalho