terça-feira, 7 de abril de 2009

Entre o tempo e o vento


Por um breve instante fatídico,
Ainda teria força n'alma,
A tal ponto que o momento crítico,
Forçou-me a rever a vida com calma.

Entrevejos nuvens tensas,
Vagueia o pensamento pela solidão,
Não há ser que pensa o mundo,
Sonha e se refugia na imaginação.

Mas minha consciência ainda pesa,
Por fim, cai a máscara obscura,
Sobre o infinito, a desgraça e dor revezam,
E no tempo esvai a alma sob tortura.

Num último suspiro, o grito da dor,
E não sinto mais no rosto, o vento,
Até porque já se foi o dia do amor,
Mas para onde? Nao me disse o tempo.

Carlos Henrique Carvalho

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