Do outro lado, alguém gritou ruidosamente,
Mas não foi meu nome, pois quem chamou,
Hoje chora numa ladeira, copiosamente,
Por não ter evitado esquecer o amor.
Escurece minha visão sob a áurea do dia,
Logo me sinto castigado pelo destino,
E mesmo ao chegar da noite sem alegria,
como um peso morto, estarei fatigado sem desatino.
Ainda espero entender o tal grito,
Pois se o amor por acaso ficou sem rumo,
Alguém ao menos poderia ter me dito,
Que do vento só nos resta o sopro sumo.
Não vale a pena resgatar minha memória,
Deixemo-la distante do retrato da dor,
Mas se eu não sei quem chorou, tal história,
Virá a tona com um novo amor.
Por Carlos Henrique Carvalho
Imagem retirada de: www.ufmg.br/boletim/bol1589/index.shtml
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Retrato da dor
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