Minha sempre amada,
Um dia sem você é inteiramente insuportável de viver. Lembra daquele poema que fala de um nicho da saudade eterna e das longas linhas que dediquei ao nosso amor? Das palavras, dos gestos de carinhos e das ações que faziam nossa história acontecer?
Lembrei de todos os momentos que falaste ao acaso, dos suspiros sob a noite sem estrelas, das canções de amor que escutávamos lado a lado e descobri que a cada caminho que a história traça, nenhuma chama se apaga, mesmo na aporia. Assim acontece com esse amor. Mas hoje o silêncio (indiferença, indecisão) que teima em dilacerar o peito é apenas o retrato de uma saudade guardada às sete chaves e que agora publicamente declaro, sem medo de dizer sobre aquilo que pulsa no peito é mais forte que o desejo de tê-la junto a mim. É a paixão rediviva que faz o desejo aflorar e ao mesmo tempo relembrar a doçura do teu olhar e aquela linda voz que ressoava no aprumo de um lirismo apaixonado.
Por isso não me enganei ao dizer que sofro ao viver sem você, como o mundo sente a falta do brilho intenso dos corpos celestes. Sob os auspícios do dia e da noite vou construindo um espaço cativo para reviver a tua presença. Porque os momentos se vão, mas as lembranças nos fazem fugir da dor, mesmo que nesse instante fatídico, a distância em sua tez crua, essa mesma que separa as nossas almas, tenha mais sentido que qualquer outra coisa.
Do teu eterno amado-amante.
Por Carlos Henrique Carvalho
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Palavras para um amor
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