Entre o desejo e a força da vida.
O olhar afoito em direção ao vazio
E ao corpo teu que fere o meu espaço,
Incomoda e expulsa a dor na razão.
Ó céu! Esqueci por completo sua cor,
Ao reduzir minha existência ao quarto azul.
Fugi do confronto que em meu peito explodia,
E fazia esse louco desejo parecer vilania.
No quarto azul sou livre e extenso,
Dono de todos os sonhos do mundo ingrato,
Mas refém de suas paredes sem mácula.
Vivo esta existência da dor e do amor,
Liberto no recanto de livros e parafernálias,
Vou tecendo os rumos do mundo no quarto azul.
Carlos Henrique Carvalho
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
O quarto azul
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