quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A flor despedaçada


Acusaram-na de crimes nunca cometidos,
E os erros assassinaram a esperança,
Na crença de um dia puro, sem temores,
Não há quem não sinta o gosto da chuva.

Não tarda que logo sentirei a falta,
De quem acompanhava a vida sem desespero,
E num grandioso gesto de loucura (o eterno),
Paira distante do mundo, a flor despedaçada.

Pior que a solidão da flor abandonada,
Foi o desprezo daqueles que a acusaram,
Cegos pela não intenção de louvar o mal,
Mas pelas palavras conhece-se o peso da pedra.

Deixa de existir vestígio da doce aurora,
Já que a flor abandonada chorou e se foi agora.
Então se perdemos nos caminhos que um dia foi um só
E triste vivemos a esperança de um novo amanhecer.

Por Carlos Henrique Carvalho

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