domingo, 9 de agosto de 2009

Cenas burlescas no senado



Políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo.
(Eça de Queirós - 1845-1900 - Escritor português)

E o senado brasileiro prova mais uma vez porque virou uma verdadeira bodega, com todo respeito ao Serginho, dono da bodega aqui perto de casa. A decepção vem se tornando fato capital a cada momento que se descobre sujeiras debaixo do tapete sujo, cujo nome carrega a capital do Brasil. Quase tudo de podre e ruim que acontece no país passa pelo senado. Mas não estou escrevendo simplesmente sobre escândalos, mas desordens generalizadas, farras homéricas como as que acontecem na casa da mãe Joana. Quem já foi numa dessa casa percebe a perda de sentido em acreditar que se vive num lugar que respeitam os outros.

Cada povo tem o sistema político que merece. O brasileiro já se acostumou com figuras políticas nefastas, que certamente no próximo ano irão se eleger pela enésima vez, mesmo sem ter gasto uma única gota do seu suor na luta pelos direitos de alguma coisa que não seja a da própria causa. Aliás, legislar em causa própria sempre foi projeto de vida comum nos espaços políticos, sobretudo, naqueles onde a verba corre ainda mais solta.

Num espaço político presidindo por um sujeito com as mãos mais sujas que pau de galinheiro e mais oitenta adeptos da prática da malversação da verba pública seria estranho esperar algo de bom vindo daquelas bandas. Pode até ser que alguns deles não estejam surrupiando a nação às cegas, mas no instante em que toma conhecimento que o colega astucioso praticou a rapinagem deveria ter a vergonha na cara e denunciar, não ficar fazendo jogo duplo e votar secretamente praticando o ato da ignomínia: o corporativismo politico criminoso.

Afinal, lad.. ops, político que protege o outro também tem que ser cassado. Contudo, enquanto isso o cidadão continua fingindo ignorar as constantes cenas burlescas proporcionadas pelos homens de gravatas.

Por Carlos Henrique Carvalho

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