segunda-feira, 27 de julho de 2009

O Grupo de Estudos Sartre (GES-UECE)



Ainda que fôssemos surdos e mudos como uma pedra, a nossa própria passividade seria uma forma de ação.
Jean-Paul Sartre



Nascido em 21 de junho de 1905, Sartre viveu os momentos mais marcantes do confuso século com a primeira metade sendo intercalada por duas grandes guerras, pela crise do capital na quebra da bolsa em 1929, e na segunda metade com a guerra da Argélia, o colonialismo russo, americano, inglês e francês, a péssima condição dos operários das fábricas, a guerra do Vietnã, o anti-semitismo, o racismo etc. Foi a partir de todos esses eventos que ele construiu uma vasta trajetória de homem que nunca negou a responsabilidade de ser sujeito da sua história, bem como de personalidade permanente no mundo do pós-guerra, visto que nunca relaxou em se engajar ativamente para fazer frente aos problemas do seu tempo.

Autor de frases notáveis como: “O homem está condenado a ser livre”, “O inferno são os outros”, “A existência precede a essência”, enfim, de obras por uma filosofia da ação, do engajamento, da ética enquanto prática e da liberdade. Sartre destacou-se no cenário francês do pós-guerra, a partir de 1945 até o fim da vida, em 1980, deixando sua marca na história da filosofia pela expressividade do pensamento e por uma proposta de uma ética enquanto fundamentadora do nosso caráter de ser livre. Ao tomar conhecimento de sua morte há 28 anos ou mais precisamente, 15 de abril de 1980, numerosos meios de comunicação estamparam em seus jornais as seguintes manchetes sobre o autor de O ser e o nada, A náusea, Entre quatro paredes e tantas outras obras: “Jean-Paul Sartre está morto”, anuncia o jornal Liberation com a primeira página completa dedicada a ele, “Sartre está morto anuncia o Le Matin e com ele desaparece um dos raros homens verdadeiramente livres de nossa época”. “Um dos únicos homens honestos em meio a uma época terrível e turbulenta”. “Morte de Jean-Paul Sartre”, escreve o Le figaro enquanto relata todo o seu caráter e sua luta pela afirmação de um sujeito livre e autônomo.

Para conhecer um pouco mais sobre Sartre, temos um grupo de estudos dedicado a estudar o pensamento do autor, bem como o debate promovido com outros filósofos, literatos, etc. O Grupo de Estudos Sartre (GES-UECE), fundado em 2005, tem 4 anos de existência e se prepara para renovar seu projeto para os próximos 4 anos. Dentre nossos trabalhos desenvolvidos destaca-se os "Cadernos Sartre" (ISSN 1983-6473), uma publicação em parceria com a reitoria e a editora da UECE, que conta com artigos de estudiosos acerca do pensamento sartriano, bem como eventos na área acadêmica.

Os membros do GES se reunem todas as quartas a partir das 14 h no Centro de Humanidades da UECE - Campus Benfica: AV. LUCIANO CARNEIRO, 345 - FÁTIMA - Fortaleza-Ce

Quem deseja participar do grupo ou simplesmente conhecer nossas atividades é só entrar em contato pelo e-mail: sartre@uece.br

Por Carlos Henrique Carvalho

3 comentários:

Sofiabono disse...

sartriano . Eu estive pesquisando sobre os trabalhos realizados sobre o Sartre no Brasil, e contatei que o trabalho do GES, esta bastante avançado. E considero vocês a principal referencia para quem quizer aprofundar sobre a obra do autor.

Adriano chamado de Bono

Equipe Peregrino na net disse...

Caro Adriano,
Agradeço a informação e no mês de agosto iremos promover o evento em homenagem aos 50 anos de Sartre no Brasil, com lançamento de livros e do terceiro numero dos cadernos Sartre, além do caderno de resumos do evento.

Sofiabono disse...

Sem dúvida, o trabalho da GES é importante.Isso é nada mais que que a propria realidade que prova o quanto a s idéias de Sartre é profunda. No mundo e em nosso pais, quanto mais a inercia pretende parar o movimento, mais as idéias viva dentro de cada ser ecoa.E no Brasil existe cada praxis dentro de cada universidade que no seu íntimo nega a doutria imposta. Nesse sentido que o papel da GES e de fundamental importancia para unir forças com os diversos sartrianos no Brasil, não por vínculo, mas pela liberdade humana. E a GES surgio onde a emoção humana é intensa no nordeste. Eu e cada sartriano agradecemos por esse avivamento do autor que é de grande relevancia para nós.

Bono