domingo, 3 de janeiro de 2010

Quando o preconceito impera



Por Carlos Henrique Carvalho
A primeira postagem de 2010 trata de um tema delicado por mexer com uma questão que pode machucar qualquer um. Quando o péssimo costume do preconceito domina as consciências do povo, qualquer atitude infame ou agressiva passa a ser justificada em nome de cultura ou uma história. No caso em questão, no ultimo dia do ano de 2009, um determinado jornalista de uma grande rede de comunicação cometeu a infâmia de falar mal de dois lixeiros que deixavam suas mensagens de felicitações pela passagem de ano: "Que m... Dois lixeiros desejando felicidades do alto de suas vassouras. Dois lixeiros... o mais baixo da escala de trabalho".
A presepada infeliz, a atitude irresponsável e, sobretudo, excludente, do jornalista ganhou repercussão nacional, tendo em vista que uma pessoa como essa influi de alguma forma na opinião pública, o que ajuda a manter o péssimo habito do preconceito e isto não dar para aceitar, pois qualquer forma de discriminação deve ser combatida em favor de uma sociedade menos injusta, ainda que a divisão de classes seja uma verdade. É sempre oportuno lembrar que quanto mais cultivamos os hábitos retrógrados dos preconceitos (social, racial, físico) mais ajudamos a legitimar todas as formas de violências.
Além do mais, pedir desculpas (atitude adotada pelo jornalista) não é o mais difícil. Difícil é superar o péssimo costume de diminuir as pessoas por sua condição social, cor de pele, pertencimento econômico, etc. agindo com uma naturalidade abominável no alvorecer do século XXI. Contra isso que devemos lutar sempre. Sejamos sinceros para admitir que a atitude do jornalista reflete bem a sociedade em que vivemos e não hipócritas para fingir que este tipo de postura foi um caso isolado.
Em tempo: apesar dos pedidos de desculpas, a emissora e o jornalista estão sendo processados.

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