terça-feira, 18 de novembro de 2008

Um libelo à saudade



Acuso sem dó esta saudade,
Pois meu coração agoniza sem você,
Esses olhos não cessam de procurar,
Tua presença intensa na multidão.

Culpo somente esta saudade,
Pois eis que nunca te encontro,
E a saudade quase me mata.
Vivo a esmo sufocado, mas não morro.

Julgo esta saudade infame,
Que martiriza o pobre coração agonizado,
Ao lembrar os teus carinhos na face,
e dos loucos beijos numa noite acalorada.

Condeno esta saudade que é um mal.
Porque longe de você esqueci como viver,
Mas se esta saudade não é piedosa,
Por que sem meu amor serei condescendente?

Carlos Henrique Carvalho

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