quinta-feira, 15 de maio de 2008

Paris - 1968-2008: Os ecos que repercutem



Precisamente 40 anos após o estrondoso movimento de Maio de 1968 em Paris, na qual estudantes, trabalhadores e manifestantes de um modo geral paralisaram suas atividades em protesto contra os desmandos e a desordem institucional do governo De Gaulle, ocorreu hoje em 15 de maio de 2008 uma paralisação dos professores, que protestam contra reduções de efetivos e sobre as quais o governo Sarkozy já avisou que não vai ceder. " Em Paris, 50.000 a 60.000 manifestantes, segundo os sindicatos, e 18.000, segundo a polícia foram às ruas nesta quinta-feira. No restante da França, os protestos reuniram 106.000 pessoas, segundo a polícia, e 207.000, segundo os organizadores".
Para lembrar, em 17 de Maio de 1968, mais 200 mil trabalhadores entraram em greve. Nos dias que se seguiram, o número de trabalhadores que aderiram à primeira greve geral na história da França foi aumentando. Dia depois, 11 milhões de trabalhadores se envolveram numa greve que durou mais de 2 semanas. Passado 40 anos, os ecos desse movimento repercutem diante de um governo que teima em suprimir não só os direitos trabalhistas, mas o próprio direito sagrado ao protesto e à greve.
Por mais que evitemos é impossivel não associar qualquer movimento grevista hoje, sobretudo, em Paris, com aquilo que nos ficou na história há 40 anos. Sabemos que o Governo De Gaulle sobreviveu ao movimento Maio de 68, mas seu desgaste foi tão intenso que não conseguiu mais mostrar sinais de uma ação política eficaz e duradoura. Hoje, estamos profundamente carentes de movimentos e protestos como o Maio de 68, por isso, este será sempre relembrado e seus participantes admirados pela ousadia e paixão na luta por um mundo menos injusto.

Para saber mais:
http://www.opovo.com.br/internacional/789082.html
www.estadao.com.br/vidae/not_vid173320,0.htm

Carlos Henrique Carvalho

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