sexta-feira, 13 de maio de 2011

Quando o preconceito impera 2


Em plena era do ímpeto virtual, muitas atitudes caminham na contramão da educação e do progresso. Há dois dias, outra estudante cometeu um gesto no mínimo infeliz e escreveu o seguinte: "esses nordestinos pardos, bugres, índios acham que tem moral, cambada de feios. Não é atoa que não gosto desse tipo de raça". Logo em seguida, diante da assombrosa repercussão do fato negativo, ela escreve algumas linhas demonstrando arrependimento: “meu deus gente, agi por impulso por causa do flamengo, não tenho nada contra nordestinos....desculpa ai galera.JAMAIS DEVERIA TER FEITO ISSO”.
O triste acontecimento trouxe à tona um dos primeiros casos explícitos de preconceito contra a região no Twitter, o da internauta Mayara Petruso. Em novembro do ano passado, frente à vitória de Dilma Rousseff nas eleições presenciais, a internauta postou: "Nordestino não é gente, faça um favor a Sp, mate um nordestino afogado". Na época, a ONG SaferNet encaminhou ao Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo uma notícia-crime com a relação de 1.037 perfis de usuários do Twitter que teriam postado mensagens contra nordestinos. A seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Pernambuco pediu que a autora das mensagens responda pelos crimes de racismo e de incitação pública ao crime de homicídio. O Nordeste voltou a ser alvo de críticas em fevereiro deste ano, depois de um apagão que atingiu quase todos os estados da região. Para combater esse tipo de discriminação e outros crimes que ferem os direitos humanos na internet, a Polícia Federal disponibiliza um site por onde internautas podem fazer denúncias. Para denunciar, basta acessar: http://denuncia.pf.gov.br/
Arrepender-se é fácil, mas nada justifica tal atitude que sem dúvida, merece uma rigorosa punição jurídica.

Um comentário:

carlinha abreu disse...

triste o ser humano ser assim, né? adoro seus posts. bjs =)