sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Mais sujo que pau de galinheiro


Por Carlos Henrique Carvalho

Corrupção faz parte da vida pública?
Se usarmos os políticos de Brasília como mau exemplo, a máxima conhecidíssima se encaixa com exatidão. Nenhuma palavra consegue explicar tão bem o significado de improbidade como o termo roubo tendo em vista que a dilapidação desenfreada dos cofres públicos definitivamente é mais epidêmica do que qualquer gripe. Nesse esquema sujo são beneficiados empresários, políticos e seus correligionários.
Infelizmente política e transparência não combinam mesmo, qualquer revelação que acontece nos bastidores da política não deveria surpreender, mas ser logo tratado como caso de policia. Fosse com um cidadão que trabalha 8 h por dia, 40 a 44 horas por semanas certamente estaria algemado no primeiro xilindró da esquina.
O complicado foi ter que agüentar as fajutas explicações do governador José Roberto Arruda (O chefe da quadrilha), envolvido até o pescoço que afirma que o dinheiro do corrupto esquema (o neologismo mensalinho e a picaretagem do caixa dois) foi pego para comprar panetone e distribuir entre os pobres ou a clássica e velha desculpa de armação pelos inimigos políticos e consequente tentativa de golpe. Enterrado num lodaçal de sujeiras e falcatruas, nenhuma explicação consegue convencer mais do que as imagens vistas e divulgadas pelo mundo todo.
O exemplo dado pelos políticos de Brasília não poderia ter sido pior e passa sempre a imagem negativa de que o poder foi feito para se corromper. Agora resta esperar que o judiciário cumpra o seu dever e expulse todos os envolvidos nessa fatídica e lamentável história que acontece no país das ilusões.

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