sexta-feira, 19 de março de 2010

Capitais das desigualdades


Por Carlos Henrique Carvalho

Reportagem divulgada em diversos meios de comunicação aponta as capitais mais desiguais no Brasil. Pra não variar, Fortaleza ocupa vergonhosa posição na lista da ONU como uma das cidades mais desiguais do mundo.
A herança maldita deixada por um longo e nefasto período colonialista continua repercutindo nos países marcados por dois lados: uma ampla maioria, miserável, castigada de todas as formas e uma minoria, opulenta, opressora e que falta com o respeito ao outro, sendo incapaz de entender a existência no aspecto coletivo, social.
Esta é mais uma triste nota do cotidiano de dor e deseperança.
Abaixo, segue as reportagens de alguns veículos de comunicação:

http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2010/03/19/cidades-brasileiras-estao-entre-as-mais-desiguais-afirma-onu.jhtm

http://opovo.uol.com.br/brasil/964124.html

http://oglobo.globo.com/economia/mat/2010/03/19/quatro-capitais-brasileiras-estao-entre-as-mais-desiguais-do-mundo-diz-onu-916122672.asp

http://verdesmares.globo.com/v3/canais/noticias.asp?codigo=286069&modulo=178

quarta-feira, 17 de março de 2010

Antonio Conselheiro 180 anos


Por Carlos Henrique Carvalho

Quem teve oportunidade de estudar a historia de Canudos deve ter ouvido falar de Antônio Conselheiro, figura emblemática do movimento social nordestino no século XIX. Nascido em Quixeramobim, sertão do Ceará constituiu-se no grande líder do arraial de Canudos, um pequeno vilarejo no sertão da Bahia que atraiu milhares de sertanejos, entre camponeses, índios e escravos recém-libertos, e que foi destruído pelo Exército da República na chamada Guerra de Canudos, que durou um ano e mobilizou mais de 10 mil soldados oriundos de 17 estados brasileiros e distribuídos em 4 expedições militares. Estima-se que morreram mais de 25 mil pessoas, culminando com a destruição total da cidade.
A Guerra de Canudos e a saga heróica de conselheiro é relatada por Euclides da Cunha em “Os Sertões”. Neste sentido, não poderia de deixar de relembrar um pouco a respeito da figura messiânica, exemplo de resistência e coragem.

Para conhecer mais a historia da Guerra de Canudos e Antônio Conselheiro clique em:


terça-feira, 16 de março de 2010

Derrota da educação


Por Carlos Henrique Carvalho

Que o Brasil desvaloriza a profissão de professor, isto não é novidade para ninguém. O fato que mais desestimula um futuro professor da educação básica a seguir carreira é descobrir que será mal pago, pois o professor possui o menor teto salarial dentre todos os profissionais com nível superior.
Mesmo com a aprovação do piso salarial nacional para o magistério da educação básica discutido e definido juridicamente e sancionado pelo presidente Lula através da Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008, os governantes insistem em continuar pagando abaixo do piso.
Segundo o site ação educativa:
“Após ser sancionada, porém, a referida Lei teve sua constitucionalidade questionada junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), por meio da Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 4167 (ADI 4167), promovida por governadores de cinco estados – Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Os governadores questionaram na ADI alguns aspectos que delimitam a forma de implementação do piso: (i) a menção à jornada de 40 (quarenta) horas semanais; (ii) a forma de composição da jornada de trabalho, garantindo-se no mínimo 1/3 (um terço) da carga horária para a realização de atividades de planejamento e preparação pedagógica; (iii) a vinculação do piso salarial ao vencimento inicial das carreiras dos profissionais do magistério da educação básica pública; (iv) os prazos de implementação da lei; e (v) a própria vigência da Lei”.
Em suma, os governantes dos Estados citados não querem pagar o que é de direito de todos os professores. Hoje tivemos na Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, um debate acerca da revisão dos PCCR do magistério da educação básica da rede pública e somente uma palavra pode expressar o que sinto neste momento: decepção.
Ontem, 15 de março foi o dia da escola. Hoje, estou decepcionado por ser professor.

A interessante matéria sobre o piso salarial dos professores pode ser visualizada em:

http://www.acaoeducativa.org.br/portal/index.phpoption=com_content&task=view&id=1636&Itemid=2