terça-feira, 27 de janeiro de 2009

E o metrô?



Desde 1999, o propalado projeto Metrofor ainda não virou realidade. Com o objetivo fundamental de integrar o sistema público de transporte da cidade de Fortaleza e região metropolitana, até o presente momento. Segundo projeto inicial, as obras deveriam ter sido concluídas em 2005, mas se passaram 4 anos e o metrô que não veio, virou uma lenda. Não sei quem foram os gênios do mal que inventaram esta história de enrolar e criar casos para tanta demora.

O fato é que a cidade está a cada dia mais insuportável no que diz respeito ao sistema de transporte e sua malha viária, que vem comportando "na marra" o aumento no fluxo de veículos e populacional que obstruem as vias urbanas.

A promessa cantada aos ventos e pelos verdes mares que banham a cidade, garante que o Metrofor será concluído em 2012 e vai ter 18 estações e 43 km de extensão. 3,8 km vão ser subterrâneos. Seis minutos será o tempo máximo de espera de um metro para o outro. Será?

Hoje, por dia aproximadamente 30 mil usuários usam os trens de Fortaleza. Segundo previsão do governo, este número vai passar para 340 mil passageiros, 11 vezes a mais.
Enquanto isso faço uma pergunta ingênua na esperança de uma resposta concreta:
E o metrô?

Enquanto isso, o vídeo exibe como é andar de metrô do outro lado do mundo.
O site do Metrofor:
http://www.metrofor.ce.gov.br/categoria2

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Impressões acerca do debate na TV União


Na terça-feira, vinte de janeiro de 2009, tive a oportunidade de estar na TV União, juntamente com a professora Eliana Paiva para um debate sobre Sartre. Neste sentido, posso apontar algumas questões interessantes sobre o que aconteceu:
1. Ao entrarmos na emissora fomos recebidos por uma secretária que nos entregou um termo de cessão de imagem para assinar e deixar com a emissora.
2. O apresentador do programa Da Hora, Rodrigo Vargas foi bastante solícito e soube conduzir o debate com o conhecimento de quem sabia o que estava fazendo.
3. No primeiro bloco do programa que tratou basicamente sobre a figura pessoal e pública de Sartre, posso destacar a seguinte frase: "Em que princípio eu posso me apoiar para assassinar o outro ou em que tipo de norma o outro pode se apoiar para me matar?". A frase foi dita quando citei a presença de Sartre no quadro do exército francês durante a 2° Guerra Mundial e o mesmo via diariamente pessoas sendo cruelmente exterminadas. Citamos que esta impressão contribuiu muito para moldar o seu pensamento.
4. No segundo bloco foi tratada a relação entre existencialismo e marxismo na qual citei e expliquei a frase de Sartre: "O marxismo é o horizonte insuperável do nosso tempo". A influência de Marx, Hegel e Husserl na França nos anos 30-40 também foi discutida.
5. No terceiro bloco registro a crítica da Eliana ao fato da sociedade ser vista como algo doente e se apoiar em remédios para justificar a cura dos seus problemas. Na ótica de Sartre é um equívoco pensar uma sociedade doente ou sã. E eu complementei, "A angústia ou a náusea não são doenças, mas sintomas da existência e da própria realidade humana. É preciso aprender a lidar com uma dor do mesmo modo que se lida com uma alegria. Sem entrar em desespero. O homem sente as dores e as alegrias na mesma intensidade".
6. No bloco seguinte foi mostrada a relação entre Sartre e Beauvoir no amor e na escrita. A distinção entre amor necessário (Sartre e Beauoir) e amores contingente(Sartre e olga ou Sartre e Sylvie). Também fica em destaque a resposta da Eliana acerca do estilo de escrita de Sartre - em forma de ensaio - e minha complementação exemplificando o sub-título de O ser e o nada - Ensaio de ontologia fenomenológica.
7. Um das perguntas mais interessantes do programa feita pelo apresentador Rodrigo Vargas foi com relação a história: "Para Marx e história sempre se repete como uma farsa ou uma tragédia. E para Sartre?". Num primeiro momento titubeamos em responder, mas quando o apresentador retrucou, a Eliana foi taxativa: "a história para Sartre não se repete. Os momentos são diferenciados". E complementei: "a temporalidade (passado, presente e futuro) pode nos ajudar a entender a questão", explicando em seguida porque a minha história não pode ser resultado das ações erradas dos meus pais ou antepassados. As situações da minha existência são distintas das do meus pais.
8. Houve uma pequena brincadeira entre o apresentador e nós quando tive que explicar de uma forma bem espontânea sobre a má-fé, dizendo que estaria morrendo de vergonha e queria sair dali correndo ao que o apresentador retrucou: "rapaz, não faça isso". E em seguida, expliquei a atitude de má-fé, quando se trata de justificar a solução para o desespero através de uma atitude contrária a da afirmação do sujeito. Isto é, "estou desesperado, afundado numa crise emocional e financeira e o que faço? Vou para a igreja achando que lá estará a solução para tudo".
9. Por último tivemos o bloco final para divulgar nosso trabalho - Cadernos Sartre - agradecer o convite e enaltecer a importância desse debate.
Assim, acredito que o saldo do debate foi positivo, haja vista que conseguimos mostrar um pouco do pensamento sartriano numa linguagem acessível a todos. A repercussão entre os estudantes da UECE, amigos, conhecidos e pessoas que citaram nossa presença no debate foi notória.
Agradecemos a todos a audiência, as mensagens e os e-mails enviados.

Carlos Henrique Carvalho

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Debate sobre Sartre na TV União


Olá amigos(as),

Gostaria de convidar a todos(as) para assistir nesta terça-feira (20/01)a partir das 16:30 no horário de Fortaleza ao programa "Da Hora" - Tv União - Canal UHF 17 e Net canal fechado 21. Também é possível ver o programa pela Internet através do sitio: http://www.redeuniao.com.br/

Segundo e-mail recebido pela redação do programa:
"O Programa Da Hora é uma revista cultural eletrônica (de segunda a sexta-feira 16h30min). Seu projeto cobre discussões políticas, filosóficas, antropológicas, musicais, teatrais e atualidades. Sua participação está diretamente relacionada ao universo jovem. Aproximamos-nos de suas indagações através de uma linguagem simples e atual. Nossas reflexões buscam sempre trazer os vários olhares sobre o mesmo ponto, sem imposição, ou massificação de idéias".

A pauta da vez tem como temática "Sartre e o humanismo" que será debatida pelos professores Emanuel Germano, Eliana Paiva e Carlos Henrique.
Neste sentido, aguardamos a participação de todos com comentários e e-mails para o programa.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

O tempo diante do amor


O tempo é inócuo ao falarmos de amor,
Mas a chuva intensa nada faz passar,
E sem sentido torna-se a vida n'algum lugar,
Quando a distância perpassa a dor.

Desiludido, corro afoito sem esperança,
Já que não tem sido facil encontrar o caminho,
De outra forma estendo minha existência num redemoinho.
Que verá o seu fim após uma longa dança.

Essa chuva cai como o choro de uma saudade,
E fica marcada pelo retrato a mostrar tua face,
Pois na distante escuridão sofremos sem calor.

Agora é prudente dizer se não há maldade,
Em querer-te sempre em qualquer fase,
Pois o tempo não tem força diante do amor.

Carlos Henrique Carvalho

sábado, 10 de janeiro de 2009

Romance no Acaraú


Ao revoar a noite sob o leito do Acaraú,
Entre o Arco, igrejas vazias, a ponte e o lindo lago do amor,
Desperta a saudade no meu coração,
Por lembrar de como brilhava teu olhar,
Ao nos encontrarmos em meio ao desejo.

Sob o leito do rio numa noite sem estrelas,
Que nossos beijos se tornaram reais,
Quando os olhares cruzavam a margem do amor,
Extinguindo os caminhos de um fio da dor.

Mas parti de volta ao lugar redivivo,
Sem deixar minhas lembranças distantes,
Quando no leito do rio Acaraú nos beijamos,
Marcando o princípio de uma história de amor.

Por mais que o calor daquele lugar incomode,
Por mais que a minha vida reclame a má sorte,
Sempre haverei de recordar o ímpeto dos nossos beijos,
Que fez nascer a saudade sob o leito do Rio Acaraú.

Em Sobral - Ce. Novembro de 2008