quinta-feira, 31 de julho de 2008

O lírico apaixonado



Oh! Esse lirismo que entoa na alma
Advém dos teus lábios a cantar,
Mas somente teus olhos parecem amar,
Posto que essa chama jamais acalma.

Porquanto tens uma beleza insofismável,
Que ampara a minha doce e inquieta esperança,
De tornar-te sempre incomparável,
Como num instante de afeto que teu olhar lança.

E ante o arremedo que dissipa a inspiração,
Ainda se escuta os lampejos da canção
De um lírico que se declara apaixonado.

Ah! Mas não! Sei que não é ilusão,
Pois pela força que pulsa meu coração,
Todos diriam que me encontro encantado.

Carlos Henrique Carvalho

terça-feira, 15 de julho de 2008

O despreparo da polícia brasileira


Constantemente venho erigindo comentários e opiniões críticas sobre o problema da segurança pública no Brasil. Novamente, torno a bater na mesma tecla, desta vez enfatizando o profundo despreparo da polícia brasileira. Há alguns dias, notícias como "políciais atiram em carro de familia e mata criança de 3 anos" ou "PM que fazia bico de segurança mata brutalmente jovem" fez perceber o grave problema que afeta a sociedade: não temos uma política de segurança pública eficaz e preparada para minimizar a violência que assola em alto grau, nosso combalido país.
Se já não bastasse a corrupção, cuja dinheirama do contribuinte é desperdiçada à lodo em farras homéricas pelas esferas dos poderes executivo, legislativo e judiciario, temos que acordar todo dia com a difícl missão de sobreviver numa sociedade em que o policial é mais selvagem que o bandido e que se constata a cada dia que a polícia brasileira é a que mais mata no mundo.
Evidente que nesse caso costuma-se apontar culpados pelo fracasso desse jeito draconiano de fazer política no país e a falta de atitude política do povo e dos próprios responsáveis (figuras políticas) acabam trazendo a tona a mordaz verdade de que somos um povo passivo e ignorante para tomar uma atitude mais enérgica em relação a falta de um bem-estar social. Se não temos segurança, educação, moradia e saúde de qualidade, o que teremos na vida, afinal? O assassinato de uma criança, um jovem, um idoso, enfim, um homem. Seria muito prático imputar a culpa nos despreparados policiais brasileiros, mas sabemos que o problema é maior que isso. Há bons e maus policiais, não é a natureza que os fazem bom ou ruim, mas a própria falta de incentivo à sua formação pessoal e profissional.
No momento em que falta verbas e projetos de apoio para a formação de bons policiais, as consequências são as piores possíveis. As notícias do dia-a-dia não me deixa mentir. É triste escrever sobre essa realidade, que se diga claramente, é a realidade crua de um mundo feio, sujo e mau.

Para saber um pouco mais veja em:
http://br.noticias.yahoo.com/s/09072008/25/manchetes-policia-rio-janeiro-mata-no-mundo.html

Carlos Henrique Carvalho

terça-feira, 8 de julho de 2008

Um breve pensar


Enquanto a vida passa, os versos povoam e ultrapassam as dores do mundo. Os sentimentos decaem, sob os mais pungentes olhares de um tempo perdido (além da hora, das manhãs, das noites).
E quanto mais a morte se apróxima, mais ainda fujo sob os ventos fatais que repuxam meus sonhos, diante de um barco a navegar sem rumo...

terça-feira, 1 de julho de 2008

O teu olhar


Esse jeito de olhar, doce encanto,
O teu sorriso, um desengano
Por onde voa, claro ou escuro,
Sempre de encontro procuro,
Aquele olhar que não arrefeceu,
Tão terno nunca se escondeu.

Esse olhar jamais me engana,
Nas manhãs de toda a vida,
Esteja sempre numa esquina,
hei de amar com meu ardor,
Longo e enigmático fervor,
O olhar puro de uma estrela.

Há tempo por onde vaga o desejo,
Cada detalhe visto perpetua o viver,
Mas somente teu olhar irradia o amanhecer.
Se das cores um dia falaste,
Jamais esqueceria quando olhaste
As belas paisagens que seduzem meu coração.

O que poderá entreter esse teu olhar?
Sonhos podados pelo coração,
Ou a primavera enfeitiçando a nação?
Olhai as flores do jardim,
Quando a viste entenderá como é simples,
Porque nunca esqueceste o teu olhar.

Escrito em 16/03/1998 por Carlos Henrique Carvalho