sexta-feira, 27 de junho de 2008

Como anda a "Ronda" no seu quarteirão?


Desde o início do projeto de segurança pública da Ronda do quarteirão, a "menina dos olhos" do Governo Cid, vinha me manifestando de uma forma quase acrítica, tendo em vista que os resultados não existiam, ainda que meu posicionamento quanto ao projeto em si fosse contrário, já que em tese, os pomposos recursos gastos não compensariam a manutenção do projeto.
Nesse caso, passado meio ano da implantação do projeto, o que podemos dizer? Que a sensação de segurança melhorou em virtude da beleza e qualidade dos carros que compõem o Ronda. Mas vamos aos fatos: segundo dados divulgados pela Comissão de Defesa Social da Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, em seis meses o Ronda do Quarteirão já apreendeu 498 armas e fez 1869 flagrantes.
No entanto, é precipitação afirmar que a violência diminuiu, já que as estatísticas do primeiro semestre apontam que os homicídios não mudaram em relação aos anos anteriores. Nos primeiros 120 dias de 2007 ocorreram 321 homicídios na Grande Fortaleza e no mesmo período de 2008, 314 pessoas foram assassinadas. Ou seja, não houve melhora nem piora significativa, mas pelos gastos dispendiosos e a ênfase notória dada ao "Ronda" é obrigação do governo Cid mostrar resultados bem melhores que esses pífios números, (para não dizer impropérios) que nos chegam quase diariamente.
Enquanto isso, o mesmo governo negligencia a saúde e a educação que de tão carcomida, têm virado motivo de chacota como uma instituição fálica. Quem não sabe do que falo, basta dar uma voltinha nos arredores da UECE, UVA e URCA ou de um Centro "modelo" de Saúde que na mesma hora descobre.
Só espero sinceramente que esse projeto não seja mais uma mostra de que o dinheiro púbico foi desperdiçado, nem mais um dos mil trampolins políticos que existem para beneficiar oligarcas "esclarecidos".
Em todo o caso, continuarei a me situar quanto a eficácia ou não do projeto da Ronda do Quarteirão e, conforme sair dados concretos, colocarei um posicionamento mais seguro. Por isso, seria interessante a todos fiscalizarem e cobrarem resultados concretos das autoridades.
Assim, enquanto não houver um resultado que nos deixe seguro é cabível esse questionamento: como anda a Ronda no seu quarteirão?
Para conhecer mais veja em:

http://www.al.ce.gov.br/noticias/noticia_completa.php?tabela=noticias&codigo=6333

http://www.tvcanal13.com.br/noticias/fortaleza-registrou-314-assassinatos-em-120-dias-23198.asp

Carlos Henrique Carvalho

terça-feira, 24 de junho de 2008

Notícia de hoje: Crescimento de fortunas



Caros amigos,

Uma vez por semana, pretendo colocar uma notícia que seja marcante ou tenha chamado a atenção por sua grandeza ou absurdidade. A notícia de hoje se encaixa em ambos os perfis, já que grandeza para os capitalistas é precisamente ter muito dinheiro e poder. Já para os que vivem contando as dores e as misérias da existência, a notícia se encaixa no eixo da absurdidade.
Eis-la então:

"PARIS (AFP) - A América Latina se tornou a terceira região do mundo onde houve o maior aumento do número de milionários em 2007, com o Brasil na liderança, de acordo com um estudo anual do banco americano Merrill Lynch e da consultoria de informática Capgemini, divulgado nesta terça-feira.
O mundo tem agora mais de 10 milhões de milionários, segundo o estudo, que destaca um aumento 6% em relação a 2006, quando havia 9,5 milhões.
Ocupando o terceiro lugar, com sua agricultura próspera, seus metais e o etanol, o Brasil, atrás da Índia e da China, é o país onde mais aumentou a quantidade de grandes fortunas (19,1%). No total, há 143 mil milionários brasileiros.
Em todo o mundo, a quantidade de "fortunas enormes" (mais de 30 milhões de dólares de patrimônio financeiro) aumentou ainda mais: 8,8%. No grupo dos "super-ricos", há 103.320 pessoas, segundo o estudo.
A fortuna acumulada de 10,1 milhões de milionários alcançou, em 2007, os 40,7 trilhões de dólares, ou seja, um aumento de 9,4% em relação a 2006, enquanto o crescimento mundial foi de apenas 5,1%.
Tanto no caso do Oriente Médio (+15,6%) e do Leste Europeu (+14,3%) - as duas regiões que lideram o ranking - como na América Latina (+12,2%), o progresso é resultado dos preços das matérias-primas e do desenvolvimento de novos mercados financeiros.
A entrada de capitais privados na América Latina duplicou em 2007. Nesse contexto, a Bolsa de São Paulo, com seu principal indicador, o Bovespa, ficou em quarto lugar mundial pela importância de suas ações e lucros".

Notícia na íntegra em: http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/fran__a_eua_amlat

Ps: Em tempo, falta apenas uma pesquisa que constate o aumento da pobreza e do número de miseráveis no mundo, já que a fortuna de uns poucos é quase sempre a ruína de muitos.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Soneto do amor ardente


Enquanto a noite iluminada me seduzia,
Aos teus encantos me entregava loucamente,
Não era possível descrever o aparente,
Mas ao infinito docemente fugia.

Ao teu lado nunca conheci o pranto,
Que machuca os corações acelerados,
Senti sempre todos os encantos,
De um sonho ao luar apaixonado.

Diria tudo e mais o que viesse a mente,
Dessa loucura, paixão incandescente,
Que no instante eterno faz-se presente.

Em busca do acaso o amor mormente,
Lutou contra a fúria de uma chuva querente,
Mas não adianta a chuva quando o amor é ardente.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Palavras para um amor


Minha sempre amada,

Um dia sem você é inteiramente insuportável de viver. Lembra daquele poema que fala de um nicho da saudade eterna e das longas linhas que dediquei ao nosso amor? Das palavras, dos gestos de carinhos e das ações que faziam nossa história acontecer?
Lembrei de todos os momentos que falaste ao acaso, dos suspiros sob a noite sem estrelas, das canções de amor que escutávamos lado a lado e descobri que a cada caminho que a história traça, nenhuma chama se apaga, mesmo na aporia. Assim acontece com esse amor. Mas hoje o silêncio (indiferença, indecisão) que teima em dilacerar o peito é apenas o retrato de uma saudade guardada às sete chaves e que agora publicamente declaro, sem medo de dizer sobre aquilo que pulsa no peito é mais forte que o desejo de tê-la junto a mim. É a paixão rediviva que faz o desejo aflorar e ao mesmo tempo relembrar a doçura do teu olhar e aquela linda voz que ressoava no aprumo de um lirismo apaixonado.
Por isso não me enganei ao dizer que sofro ao viver sem você, como o mundo sente a falta do brilho intenso dos corpos celestes. Sob os auspícios do dia e da noite vou construindo um espaço cativo para reviver a tua presença. Porque os momentos se vão, mas as lembranças nos fazem fugir da dor, mesmo que nesse instante fatídico, a distância em sua tez crua, essa mesma que separa as nossas almas, tenha mais sentido que qualquer outra coisa.


Do teu eterno amado-amante.

Por Carlos Henrique Carvalho

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Raios, relâmpagos e trovões


Nessa noite, por volta de duas horas da manhã, a força da natureza novamente se fez presente sobre o céu de nossa cidade. Não falo simplesmente de um temporal como muitas vezes vemos, mas foi algo assustador, intenso e duradouro para quem teme a força que vem das nuvens.
Nessa hora, encontrava-me no recôndito distante da consciência (sonhando), mas subitamente fui obrigado a recobrar a realidade mundana ao constatar a força da luz que entrava momentaneamente no quarto para logo em seguida sumir. Levantei-me e ao chegar no quintal deparei não só com um temporal, talvez o mais intenso visto e vivido em minha existência, mas com a força dos raios e trovões assustadores até mesmo para quem não perde a calma nessas horas.
Em principio, o que estava vendo realmente aparentava não ser nada demais; era uma chuva forte, intensa, sem dúvida. A diferença se encontrava precisamente na força dos raios, relâmpagos e trovões que por horas a fio incomodaram a todos. E nisto, não tive como negar: a chuva era apenas coadjuvante nessa noite.
O fato é que nesse momento, muita gente se recorda apavorada de ter perdido o sono noturno em função do medo de possíveis estragos que essa "força" pudesse causar. Nesse sentido, não poderia deixar de relatar o ocorrido e expressar a constatação de que diante da força da natureza nos tornamos meros sujeitos assustados e passivos.

Em tempo, para desmistificar algumas crendices tolas em torno de "raios, relâmpagos e trovões", como cobrir espelho ou conhecer mais sobre esse fenômeno marcante veja em:
http://www.ufpa.br/ccen/fisica/aplicada/duvidas.htm
http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/2885

Ps: O texto foi escrito e não revisto, o que pode conter erros ortográficos e gramaticais. Agradeço a compreensão.

Por Carlos Henrique Carvalho

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Retrato da dor


Do outro lado, alguém gritou ruidosamente,
Mas não foi meu nome, pois quem chamou,
Hoje chora numa ladeira, copiosamente,
Por não ter evitado esquecer o amor.

Escurece minha visão sob a áurea do dia,
Logo me sinto castigado pelo destino,
E mesmo ao chegar da noite sem alegria,
como um peso morto, estarei fatigado sem desatino.

Ainda espero entender o tal grito,
Pois se o amor por acaso ficou sem rumo,
Alguém ao menos poderia ter me dito,
Que do vento só nos resta o sopro sumo.

Não vale a pena resgatar minha memória,
Deixemo-la distante do retrato da dor,
Mas se eu não sei quem chorou, tal história,
Virá a tona com um novo amor.

Por Carlos Henrique Carvalho

Imagem retirada de: www.ufmg.br/boletim/bol1589/index.shtml